Antiga Capela do Rio do Peixe, o município de Piraí do Norte deve seu surgimento à escolha de sua área como ponto de parada das tropas que faziam o transporte de mercadorias diversas oriundas das cidades situados no litoral, especialmente Santarém e Valença, para as demais cidades da região.
Em virtude dos perigos de se viajar à noite, era mais prudente pernoitar naquela rancharia e seguir viagem no dia seguinte. A adoção desse povoado como ponto de apoio foi uma das razões que fizeram com que começasse a surgir um pequeno arruado.
A localização geográfica da rancharia foi fator contributivo para que a mesma evoluísse para um povoado, pois ela ficava a exato meio dia de viagem vindo de Gandu e a um dia vindo de Santarém, além de contar com uma infraestrutura ideal para os tropeiros, ou seja, água e pasto farto.
Existem algumas controvérsias sobre quem foi o primeiro habitante, mas alguns creditam o pioneirismo a Manoel Romualdo Santana, que teria construído a primeira habitação permanente na cidade. Logo depois, teriam chegado alguns caboclos e também o seu primeiro comerciante, João Soares Silva.
Naquela época, aquele arruado deixava de ser um mera rancharia para se tornar um pequeno entreposto de mercadorias, já que João Soares atuava no ramo de tecidos, secos e molhados, compra e venda de produtos da região, daí inferindo-se que outras pessoas acorriam aquele arruado, além dos tropeiros oriundos das cidades do litoral.
Os padres logo ergueram uma capela para catequese dos índios que passavam por aqui, vindos da região onde se localiza hoje a cidade de Ibirapitanga, antiga Cachoeira do Pau, e dos tropeiros, cada vez em número maior. Após a construção da capela, o arruado passou a ter um nome, sendo denominado Capela do Rio do Peixe, por ser a principal edificação e ficar ao lado de um rio muito piscoso.
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